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12/22/2014

Cid Gomes não é citado em lista de políticos envolvidos com escândalo da Petrobras

Ainda não é oficial. Fruto da apuração do jornal O Estado de S.Paulo, saiu uma nova lista de políticos que foram citados na colaboração premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. “Em 80 depoimentos, a relação inclui ministro e ex-ministros da gestão Dilma Rousseff, governador, ex-governadores e parlamentares; são, ao todo, 10 nomes do PP, 8 do PT, 8 do PMDB, 1 do PSB e 1 do PSDB”.
“O Estado obteve a lista completa dos citados. A relação inclui ainda parlamentares que integram a base aliada do Palácio do Planalto no Congresso como supostos beneficiários do esquema de corrupção e caixa 2 que se instalou na petrolífera entre 2004 e 2012”. Portanto, é muito provável que a lista seja fidedigna.
“O perfil da lista reflete o consórcio partidário que mantinha Costa no cargo e contratos bilionários da estatal sob sua tutela – são 8 políticos do PMDB, 10 do PP, 8 do PT, 1 do PSB e 1 do PSDB. Alguns, segundo o ex-diretor de Abastecimento, recebiam repasses com frequência ou valores que chegaram a superar R$ 1milhão. Outros receberam esporadicamente – caso, segundo ele, do ex-senador Sérgio Guerra, que foi presidente nacional do PSDB”.
Mas, onde está Cid Gomes? Pois é. Na metade do mês de setembro passado, no calor da campanha eleitoral, a revista semanal citou o nome do governador do Ceará como um dos beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras. Um nome que, segundo a revista, teria sido citado por Paulo Roberto Costa.
Cid, por óbvio, reagiu. Uma reação emocional a uma reportagem com poucas âncoras de sustentação. Mal aconselhado, o governador chegou a pedir que a publicação não circulasse. O pior é que uma juíza concedeu o pedido. No fim das contas, as respostas mal elaboradas do governador e a decisão judicial, posteriormente anulada, acabaram por dar ao caso uma dimensão muito maior do que de fato possuía.
É evidente que a disputa eleitoral também jogou fermento no caso. A providencial reportagem da revista foi usada pelos opositores do governador durante a campanha. É evidente que gerou imensos desgastes. O fato é que a lista de “indicados” por Paulo Roberto Costa será conhecida em breve quando da tramitação no Judiciário, mas a reportagem do Estadão nos parece bem apurada. Então, fica a questão: se o nome do governador não aparecer, fica por isso mesmo? Certamente a coisa toda vai redundar em uma ação judicial, mas o prejuízo causado por uma acusação do tipo é irrecuperável. O fato é que uma grande injustiça impõe uma grande reparação.
O envolvimento do governador com o propinoduto da Petrobras não era algo provável. Não havia nem sequer negócios da Petrobras no Ceará para justificar coisas do tipo. Não é o caso, por exemplo, de Pernambuco e Rio de Janeiro, estados com grandes empreendimentos e grandes obras da Petrobras.
Da Coluna Fábio Campos, do O POVO
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